Teoricos em cena

Teoricos em cena

31 de maio de 2011

Robert Merton

Nascido em Chicago, EUA, em 1912, filho de imigrantes escandinavos. Ele estudou matemática, ciência e psicologia da Universidade Northwestern, seu doutorado em Yale, sob a direção de Clark. L. Hull. Hovland começou a lecionar em 1940 na Universidade de Yale, onde permaneceu até sua morte prematura em 1961 aos 48 anos. A eclosão da II Guerra Mundial interrompeu os seus ensinamentos para o seu trabalho no Departamento de Guerra dos Estados Unidos, que coordenou a avaliação do programa de treinamento e uso de propaganda de filme entre as tropas dos EUA. Houve uma grande equipe, que incluía, nomeadamente, Irving L. Janis, Donald R. Young, Nathan Maccoby e Donald R. Young. Após a guerra, com apenas 33 anos, ele foi nomeado diretor do Laboratório de Psicologia, onde ele continuou e desenvolveu as principais linhas de pesquisa sobre comunicação e comportamento. De volta a Yale, com o apoio da Fundação Rockfeller, desenvolveu um ambicioso programa sobre "Comunicação e mudança de atitude." No final dos anos 50, coordenou a criação do Centro de Pesquisa Comportamental na Bell Telephone, Hovland entidade pagou parte da sua dedicação até sua morte. Aqui, ele trabalhou com pesquisadores da relevância de Kurt Lewin.
Apesar de sua morte prematura nos Estados Unidos é considerado um dos quatro fundadores dos estudos de comunicação, com Lasswell, Lazarsfeld e Lewin.
Entre outros livros, escreveu: Experiências em Comunicação de Massa (1949), Lumsdaine Arthur, Fred e Sheffield, Comunicação e Persuasão (1953), com Irving Janis e Kelley Harold e efeitos dos meios de Comunicação de Massa (1954).


Principais Idéias:
Desenvolveu o Departamento de Pesquisa Social Aplicada, quando tiveram origem os primeiros grupos focais.
Merton era às vezes chamado de “Sr. Sociologia”, e Jonathan R. Cole, antigo aluno e diretor da Universidade de Columbia, disse uma vez: “Se houvesse Prêmio Nobel de sociologia, não há dúvida alguma de que ele o teria ganho.” Mas seu filho, Robert Carhart Merton, ganhou o Prêmio Nobel de Economia, em 1997.
Num perfil escrito por Morton Hunt em 1961 para a revista New Yorker, Merton foi descrito como demonstrando “surpreendente universalidade de interesses e talento para uma boa conversa, somente prejudicada pelo fato de ele estar incrivelmente bem informado sobre tudo, de beisebol a Kant, e estar sempre pronto, sem hesitar, a falar sobre parte do assunto ou todo ele”.
Merton alcançou sua reputação de pioneiro na sociologia da ciência explorando o modo como os cientistas se comportam e o que os motiva, recompensa e intimida. Ao expor seu ethos da ciência em 1942, substituiu as arraigadas concepções estereotipadas que haviam representado por muito tempo os cientistas como gênios excêntricos, em grande parte incontidos por regras ou normas. A obra contribuiu para que Merton viesse a ser o primeiro sociólogo a ganhar a Medalha Nacional de Ciência, dos Estados Unidos, em 1994.
Porém suas investigações durante mais de setenta anos abrangeram uma extraordinária gama de interesses, incluindo o funcionamento dos meios de comunicação de massa, a anatomia do racismo, as perspectivas sociais dos “incluídos” versus “excluídos”, história, literatura e etimologia. Embora realizadas com a imparcialidade que admirava em Émile Durkheim, o francês que arquitetou a moderna sociologia, com freqüência as pesquisas de Merton trouxeram importantes conseqüências tanto na vida real como na acadêmica.
Seus estudos sobre a comunidade integrada ajudaram a dar forma à histórica peça processual de Kenneth Clark, na ação proposta por Brown contra a Secretaria de Educação dos Estados Unidos, processo que foi julgado pela Corte Suprema e levou à dessegregação racial nas escolas públicas norte-americanas.
Outra das contribuições de Merton para a sociologia foi sua ênfase no que denominava de “teorias de médio alcance”, referindo-se aos estudos que se afastavam das grandiosas doutrinas especulativas e abstratas, ao mesmo tempo em que evitavam pesquisas pedantes com poucas probabilidades de produzir resultados significativos.

Principais Obras:

  • Finanças, Zvi Bodie, New Jersey: Prentice-Hall, 1998.
  • O Sistema Financeiro Global: uma perspectiva funcional, com D. Crane, Froot K., S. Mason, Perold A., Bodie Z., Sirri E. e P. Tufano, Boston: Harvard Business School Press, 1995.
  • Casos em Engenharia Financeira: Estudos Aplicados da Inovação Financeira, com S. Mason, Perold FA e P. Tufano, Prentice-Hall, 1995.
  • Continuous-Time Finanças, Basil Blackwell, Inc. 1990; Edição Revisada de 1992.
  • The Collected Papers of Scientific Paul A. Samuelson Volume III, editor, Cambridge, MIT Press, 1972.
Artigos:

  • “O Sistema Financeiro Global Project”, com P. Tufano, em TK McCraw, ed:. Intelectual, Venture Capital Essays in Honor of Dean H. John McArthur, Boston: Harvard Business School Press, no prelo 1998.
  • “Aplicações de Pricing Theory-Opção: Vinte e cinco anos depois,” Les Prémio Nobel de 1997,em Estocolmo: Fundação Nobel.
  • “Prefácio,” Matemática de instrumentos derivados, Dempster MAH e S. Pliska, eds., Cambridge University Press, 1997.